quinta-feira

Eleições

Por Graça Salgueiro

Acabou o primeiro round dessa batalha farsesca em que todos somos obrigados a participar, porém a guerra - de resultado conhecido - ainda vai continuar no dia 15 de novembro. Algumas pessoas se iludem acreditando que ainda "há uma chance" para outro candidato que não a escolhida pelo Foro de São Paulo, num exercício de auto-engano consentido que dá lástima. E vergonha. Porque apesar de ser um país continental, o Brasil continua o berço da ignorância e da irresponsabilidade. Quem elege palhaços, jogadores de futebol, apresentadores de televisão ou cantores da moda, isso sem contar com camelôs e prostitutas não merece respeito mas sim, que esta escória de indigentes morais e intelectuais crie leis mais estúpidas do que as milhares já existentes para que "eles" cumpram porque eu, no legítimo direito à desobediência civil, me recuso a cumprir.
E apesar de todas as pesquisas feitas ao longo dos anos, demonstrando que o brasileiro é majoritariamente conservador e de direita, o comunismo grassa assustadoramente conforme estamos vendo no resultado dessas eleições. O mistério para esta metamorfose insana, só Deus sabe! Aqui no estado de Pernambuco os dois senadores que vão levando a dianteira são comunistas e o atual governador, Eduardo Campos, que ganhou a primeira eleição em 2006 por ser neto do legendário comunista Miguel Arraes, foi reeleito já no primeiro turno com nada menos que 82% dos votos válidos. Vale salientar que este senhor pertence ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) que é membro permanente e fundador do Foro de São Paulo. E então eu pergunto: onde estão os conservadores das pesquisas que na hora de escolher elegem a pior escória que temos no país?

Fui votar constrangida pela imposição de que sou vítima, por ser funcionária pública federal, e lá constatei que não era a única com esse sentimento. Na sala da minha seção e pelos corredores do colégio ouvi de várias pessoas de idade mais avançada: "graças a Deus este é o último ano que sou obrigada a votar!", demonstrando com clareza que isto que vivemos é qualquer coisa menos democracia. A obrigatoriedade de votar já é uma violência inominável, e ser obrigada a escolher entre canalhas, charlatães, ladrões, terroristas, é o máximo do aviltamento à dignidade humana. Voltei para casa com uma sensação amarga de ter sido estuprada em praça pública, enquanto marginais se divertiam com o meu sofrimento e constrangimento. Não sei se estarei viva para ver esse país livre e verdadeiramente democrático, onde os legisladores serão pessoas idôneas, cultas, sérias e comprometidas com o bem-estar da Nação e do seu povo, não um bando de aproveitadores sem caráter, sem moral, sem educação, pensando sempre e unicamente em enriquecer às custas de todos os demais.




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