Santo Alberto Magno, St Dominic, Londres |
Alberto foi essencial em introduzir a ciência grega e árabe nas universidades medievais, mas nunca hesitou em duvidar de Aristóteles. Em uma de suas frases famosas, afirmou: a ciência não consiste em ratificar o que outros disseram, mas em buscar as causas dos fenômenos. Tomás de Aquino foi seu aluno.
Robert Grosseteste (1168-1253), Bispo de Lincoln, foi a figura central do movimento intelectual inglês na primeira metade do século XIII e é considerado o fundador do pensamento científico em Oxford.
Tinha grande interesse no mundo natural e escreveu textos sobre temas como som, astronomia, geometria e óptica.
Afirmava que experimentos deveriam ser usados para verificar uma teoria, testando suas consequências; também foi relevante o seu trabalho experimental na área da óptica. Roger Bacon foi um de seus alunos mais renomados.
Roger Bacon (1214-1294), o Doutor Admirável, ingressou para a Ordem dos Franciscanos por volta de 1240, onde, influenciado por Grosseteste, dedicou-se a estudos nos quais introduziu a observação da natureza e a experimentação como fundamentos do conhecimento natural. Bacon propagou o conceito de “leis da natureza“ e contribuiu com estudos em áreas como a mecânica, a geografia e principalmente a ótica.
Bispo Roberto Grosseteste, St Paul, Westernmost |
Tomás de Aquino (1227-1274), também conhecido como o Doutor Angélico, foi um frade dominicano e teólogo italiano. Tal qual seu professor Alberto Magno, é santo Católico e doutor desta mesma Igreja. Seus interesses não se restringiam à filosofia; também interessou-se pelo estudo de alquimia, tendo publicado uma importante obra alquímica chamada “Aurora Consurgens”. Entretanto, a verdadeira contribuição de São Tomás para a ciência do período foi ter sido o maior responsável pela integração definitiva do aristotelismo com a tradição escolástica anterior.
Duns Scot (1266-1308), o Doutor Sutil, foi membro da Ordem Franciscana, filósofo e teólogo. Formado no ambiente acadêmico da Universidade de Oxford, onde ainda pairava a aura de Robert Grosseteste e Roger Bacon, teve uma posição alternativa à de São Tomás de Aquino no enfoque da relação entre a Razão e a Fé. Para Scot, as verdades da fé não poderiam ser compreendidas pela razão. A filosofia, assim, deveria deixar de ser uma serva da teologia e adquirir autonomia. Duns Scot foi mentor de outro grande nome da filosofia medieval: William de Ockham.
Jean Buridan (1300-1358) foi um filósofo e padre francês. Embora tenha sido um dos mais famosos e influentes filósofos da Idade Média tardia, ele é hoje um dos nomes menos conhecidos pelo público não-especialista. Uma de suas contribuições mais significativas foi desenvolver e popularizar da teoria do Ímpeto, que explicava o movimeto de projéteis e objetos em queda livre. Essa teoria pavimentou o caminho para a dinâmica de Galileu e para o famoso princípio da Inércia, de Isaac Newton.
William de Occam (1285-1350), o Doutor Invencível, foi um frade franciscano, teórico da lógica e teólogo inglês. Occam defendia o princípio da parcimônia (a natureza é por si mesma econômica), que já podia ser visto no trabalho de Duns Scott, seu professor.
Nicole d'Oresme |
Nicole d'Oresme (c.1323-1382) foi um gênio intelectual e talvez o pensador mais original do século XIV. Teólogo dedicado e Bispo de Lisieux, foi um dos principais propagadores das ciências modernas.
Além de suas contribuições estritamente científicas, Oresme combateu fortemente a astrologia e especulou sobre a possibilidade de haver outros mundos habitados no espaço.
Ele foi o último grande intelectual europeu a ter crescido antes do surgimento da peste negra, evento que teve impacto bastante negativo na inovação intelectual no período final da Idade Média.
A lista não é exaustiva. Outros nomes relevantes da ciência européia no período medieval incluem: Beda, o Venerável (672-735), Hermannus Contractus (1013–1054), Jordanus de Nemore (circa 1200), Theodoric de Freiberg (1250-1310),Thomas Bradwardine (1290–1349), e Nicolau de Cusa(1401-1464).
Assim como o resto do artigo, a lista foca nos nomes da ciência na Europa de língua latina: não inclui, por exemplo, a ciência desenvolvida nos territórios sob domínio Árabe.
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