quarta-feira

Radicais palestinos matam quatro israelenses na Cisjordânia. Pois é…


Da Reuters e da AP, no Estadão Online.
Quatro israelenses foram mortos por radicais palestinos em uma emboscada na Cisjordânia nesta terça-feira, 31.  O tiroteio aconteceu perto de Hebron.  O Hamas, que controla a Faixa de Gaza,  e a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa - grupo radical ligado ao Fatah, que governa a Cisjordânia, reivindicaram o ataque.
“Podemos confirmar que há quatro mortos no local”, disse o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld. O automóvel no qual as vítimas viajavam foi alvejado em uma estrada entre um assentamento e o povoado palestino de Bani Naim.  Colonos judeus utilizam muito a estrada, que é um foco de tensão entre palestinos e israelenses.
A mídia local reportou que as vítimas são duas mulheres de 25 e 40 anos - sendo uma delas grávida - e dois homens, também com 25 e 40 anos. Eles são membros de uma mesma família residente no assentamento de Beit Hagai, no sul de Hebron.
O episódio acontece enquanto O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e Abbas viajam aos EUA, onde devem relançar negociações diretas de paz nesta quarta-feira. O Hamas se opõe ao estabelecimento das conversações diretas.
Autoria disputada
Em um comunicado, a ala armada do Hamas disse que as ” Brigadas Qassam assumem total responsabilidade pela operação em Hebron”
A Brigada dos Mártires de Al-Aqsa também reivindicou o atentado. “Esse ataque é uma resposta às contínuas agressões de Israel contra nossos lugares sagrados, às suas contínuas incursões em nossas cidades e à coordenação de segurança entre Israel e a ANP”, disse pelo rádio um militante que se identificou como Abu Mahmoud.
Resposta israelense
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, considerou o incidente como “sério e difícil”. Segundo ele, o Exército de Israel e as forças de segurança farão tudo o que estiver ao seu alcance para capturar os atiradores. “Israel não permitirá que os terroristas se levantem e fará os assassinos e aqueles que os mandaram pagar”, disse.
O atentado, no entanto, não deve interromper as negociações de paz. Segundo funcionários do gabinete de Netanyahu, o cronograma segue normalmente.
Esse é o primeiro episódio de violência contra israelenses na Cisjordânia desde junho, quando um policial foi morto e outros dois ficaram feridos quando seu veículo foi atacado nas proximidades de Hebron. Em maio, dois israelenses se feriram com cacos de vidro quando seu carro foi atingido por balas na mesma estrada em que ocorreu o ataque desta terça.
ComentoEu espero que, de fato, o governo israelense dê prosseguimento às conversações com a Autoridade Palestina, ainda que um dos grupos que reivindiquem o atentado seja a ala terrorista do Fatah, grupo que controla a AP e ao qual pertence Abbas, que é quem está negociando.
Os palestinos são as vítimas de plantão. Tornaram-se “o” povo oprimido por excelência — como se, no mundo, e no Oriente Médio em particular, ninguém mais sofresse. Massacres podem matar milhões na África. Ninguém dá pelota. A morte de um palestino gera ondas de indignação e a certeza de que Israel é mesmo um país muito malvado. Por que isso? Há um conjunto de motivos: os palestinos foram adotados pelas esquerdas e seus sucedâneos; Israel é identificado com os EUA, e o antiamericanismo é uma doença moral de tudo quanto é vagabundo intelectual; o anti-semitismo, ao contrário do que querem alguns, continua a ser uma doença do nosso tempo etc. E, claro, claro!, o governo de Israel também cometeu seus erros. O problema é que, ao longo da história, tem sido criticado mais por seus acertos.
Eis aí: os terroristas, que lucram com a guerra e usam seu próprio povo como bucha de canhão, não querem a paz. Ela os tornaria obsoletos, desnecessários, ultrapassados. O mundo tende a exigir de Israel que seja “compreensivo”, que assimile os golpes do terror “em nome da paz”. Torço para que a conversa avance, mas sou cético. Já houve outras tentativas. Ehud Barak, atual ministro da Defesa, quando primeiro-ministro, cedeu a Arafat uns 95% do que ele queria. Quando a velha, corrupta e milionária raposa percebeu que a paz era um “risco” (!!!) palpável, desistiu.
Sim, eu acho que Israel deve insistir. E uma das coisas que lhe dá legitimidade para insistir é reagir a mais esse ataque terrorista. Uma reação compatível com a agressão. Na entrevista de ontem ao Jornal da Globo, a presidenciável Dilma Rousseff sugeriu que é preciso conversar com terroristas. Sou de outra escola: acho que é preciso eliminá-los. Sem papinho. Quem tem de conversar com terrorita é outro terrorista…
Por Reinaldo Azevedo

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