Humor, tecnologia, e o mundo visto pela direita. Um blog definitivamente politicamente incorreto.
terça-feira
Lea T. - BEACH SOCCER
Tea Party: "o nosso é melhor do que o deles"
Klauber Cristofen Pires | 26 Maio 2011
Internacional - Estados Unidos
Internacional - Estados Unidos

O candidato republicano atualmente favorito do Tea Party chama-se Herman Cain, tem 65 anos e larga experiência como executivo, tendo trabalhado para a Coca-Cola, Pillsbury, Burger King, Godfather's Pizza, a National Restaurants Association e o Federal Reserve Bank de Kansas City.
Filho de um pai choffeur e de uma mãe camareira, ao que parece, temos aqui um autêntico "self-made man", um homem trabalhador talhado na vida para a superação de desafios, que já veio dar o seu recado para a corrida à Casa Branca: "- Eu estou concorrendo para Presidente dos Estados Unidos e não estou concorrendo para o segundo lugar"
Entre as suas propostas estão uma defesa nacional forte, a oposição ao aborto, a extinção do imposto de renda pela sua substituição por um imposto sobre vendas e o que temos já anunciado aqui e que promete desencadear uma verdadeira revolução global: o retorno ao padrão-ouro. Os keynesianistas do mundo todo devem estar "tremendo na base". Da mesma forma, o imposto de renda é a menina dos olhos da estratégia marxista de confisco gradual dos cidadãos, e a sua extinção pode significar o começo do fim da hegemonia marxista-gramscista atualmente vigente, mesmo em face de sua eventual derrota, já que as idéias já terão alcançado um amplo espaço.
Herman Cain já foi descrito por Jack Kemp, um ex-vice-presidente do Partido Republicano, como um homem "com a voz de Othelo, a aparência de um jogador de futebol (americano), um inglês de qualidade "oxfordiana" e a coragem de um leão".
Em seu último discurso em Macon, no estado da Geórgia, Cain deu um rápido vislumbre do raciocínio para a sua candidatura. Ele disse que "o sonho americano está sob ataque da dívida infindável, de uma economia estagnada e de uma administração democrata que força uma agenda legislativa que os cidadãos não querem."
No fundo, o que Cain disse aos americanos é válido também para o Brasil. A legiferância abusiva de origem administrativa é hoje a principal ferramenta de que faz uso o governo petista, confiante na estratégia do "se colar, colou", pois são poucos os brasileiros que se apresentam inconformados aos tribunais e estes cidadãos, quando muito, conseguem apenas vitórias com efeitos "inter partes", isto é, válidas somente para os demandantes (eles mesmos), o que faz com que os abusos constitucionais e legais contidos nestes atos administrativos continuem valendo para todos os demais jurisdicionados.
Ainda não li uma vírgula sequer sobre esta bombástica revelação no cenário político norte-americano nos jornais nacionais, e se bem conheço a coisa, só vão dar conhecimento ao público quando não for mais possível segurar a notícia, e mesmo assim somente depois de ter nas mãos alguma coisa com que menosprezá-lo ou difamá-lo, nem que seja absolutamente inverídica.
Ah, e embora eu tenha feito nas linhas acima uma referência lúdica à cor da sua pele, em nenhuma matéria dos jornais americanos o próprio candidato ou o seu Partido Republicano fazem menção ao seu índice de melanina, mas somente sobre o seu extenso e bem-sucedido currículo.
Com Herman Cain, concorrem também à indicação Tim Pawlenty, Newt Gingrich, Gary Johnson and Ron Paul, e aguardam-se as confirmações de Mitt Romney, Sarah Palin, Michele Bachmann e Jon Huntsman.
Enquanto isto, nós sonhamos com a ilusão de um Capitão Nascimento que já abandonou o barco...
Via: Mídia Sem Máscara
segunda-feira
O despertador mais caro (e um dos mais eficientes) do mundo
Levando a máxima de que “tempo é dinheiro” às últimas consequências, alguém muito criativo (e, provavelmente, preguiçoso) criou um projeto-conceito do que tem tudo para ser o despertador mais eficiente do mundo. Dependendo da sua (in)disciplina em acordar na hora certa, ele pode se tornar o mais caro, também.
A engenhoca, em vez de ficar tocando em loop infinito uma musiquinha chata ou sair correndo pelo quarto, duas táticas recorrentes, porém irritantes, apela para uma abordagem mais… discreta, mas tão ou até mais eficiente. Se após tocar o alarme o dono não acorda, uma cédula previamente inserida dentro do despertador começa a ser… triturada!
Você pode começar leve, para ajustar o relógio biológico, perdendo R$ 2 por dia. Quando estiver ninja, ou num dia de compromisso importante pela manhã, tem a opção de “ajustar a intensidade” do despertador colocando, em seu compartimento, uma nota mais alta — R$ 100 no dia do seu casamento é uma boa pedida.
Seria lindo, não fosse um pequeno detalhe: o ato de rasgar dinheiro é interpretado por alguns juristas brasileiros como conduta criminosa. Ou seja, uma eventual ressaca que só lhe renderia uma dor de cabeça poderia, com esse despertador, tirar uma grana sua e, de quebra, o levar ao banco dos réus.
Pensando bem, cadê o despertador velocista…?
Via: Meio Bit >Via Mashable.
A engenhoca, em vez de ficar tocando em loop infinito uma musiquinha chata ou sair correndo pelo quarto, duas táticas recorrentes, porém irritantes, apela para uma abordagem mais… discreta, mas tão ou até mais eficiente. Se após tocar o alarme o dono não acorda, uma cédula previamente inserida dentro do despertador começa a ser… triturada!
Você pode começar leve, para ajustar o relógio biológico, perdendo R$ 2 por dia. Quando estiver ninja, ou num dia de compromisso importante pela manhã, tem a opção de “ajustar a intensidade” do despertador colocando, em seu compartimento, uma nota mais alta — R$ 100 no dia do seu casamento é uma boa pedida.
Seria lindo, não fosse um pequeno detalhe: o ato de rasgar dinheiro é interpretado por alguns juristas brasileiros como conduta criminosa. Ou seja, uma eventual ressaca que só lhe renderia uma dor de cabeça poderia, com esse despertador, tirar uma grana sua e, de quebra, o levar ao banco dos réus.
Pensando bem, cadê o despertador velocista…?
Via: Meio Bit >Via Mashable.
quinta-feira
Nome de rico, nome de pobre
Via: Blog do Mr. X
Estou com preguiça de abordar temas mais sérios e complexos, portanto sigo com temas frívolos ou sem grande importância para o leitor. Uma discussão no blog tradicionalista View from the Right chamou a atenção para o tema dos nomes.
Sabe-se que muitas vezes os pobres costumam escolher nomes bem "criativos" para seus filhos: Valdisney, Francisleidy, Avagina, Uéliton, etc. O mesmo ocorre, com variações, entre as classes baixas americanas, seja no gueto negro (Shaquanda), seja na fazenda redneck (Winchester).
Porém, o curioso é que também entre os ultra-ricos, em especial entre as celebridades da mídia, os nomes bizarros estão se tornando cada vez mais comuns. Como já estamos em 2011, fica difícil colocar a culpa nos velhos hippies e suas drogas alucinógenas.
Já tínhamos a Suri do Tom Cruise e a Apple da Gwinnet Paltrow, entre tantos outros. Robert Rodriguez não perdoou nenhum de seus quatro filhos: são Rocket, Rebel, Rogue e Racer. No Brasil, temos a Sasha da Xuxa, e Zaion e Krizia, filhos de Fábio Júnior.
Agora a Alicia Silverstone resolveu dar a seu filho o nome de Bear Blu (algo como urso azul).
O que explica esses nomes? Imagino que a idéia de torná-los únicos e originais e, por extensão, afirmar que a criança também será única e original -- não um João ou William qualquer.
O problema é que um nome "criativo", além de submeter o indivíduo a uma vida de gozações, também termina limitando as suas possibilidades. Bear Blu talvez seja um ator, um decorador de interiores ou um cantor de rock; mas provavelmente não será um gênio das matemáticas ou um famoso homem de negócios.
Será que os nomes condicionam destinos? O que há de diferente, afinal, em um nome inventado como Zaion e um nome comum como Paulo? Chamar alguém de "Maçã" (fruta) é tão diferente de chamar alguém de "Rosa" (planta)?
Acho que a diferença é a tradição. Associamos certos nomes com certas personalidades históricas ou biblicas, com nossos antepassados, com certas categorias étnicas ou até classes sociais. Um nome revela o futuro que você imagina para a criança a partir do passado associado a esse nome. Nomes "originais" e "criativos" apenas refletem uma idéia superficial do momento, seja um jogo de palavras ou uma homenagem de gosto duvidoso, além de mostrar incapacidade de imaginar o futuro. Um bebê chamado Bear Blu é uma gracinha; um quarentão com o mesmo nome, não tanto. É um ato de vaidade dos pais, que transformam o próprio destino da criança em uma cruel brincadeira.
Porém, talvez o fim do tradicionalismo conservador indique o fim dos nomes tradicionais. Antigamente, imigrantes costumavam modificar o seu nome para adaptá-los ao novo país. Hoje, essa não é mais a regra: o nome mais comum em Londres é Mohammed. Mesmo em Hollywood, atores de origem estrangeira ou de pronúncia difícil costumavam americanizar seus nomes. Hoje eles preferem dar a seus rebentos nomes multiculturais. Sinal dos tempos.
Qual nome você vai dar ao seu filho?
Estou com preguiça de abordar temas mais sérios e complexos, portanto sigo com temas frívolos ou sem grande importância para o leitor. Uma discussão no blog tradicionalista View from the Right chamou a atenção para o tema dos nomes.
Sabe-se que muitas vezes os pobres costumam escolher nomes bem "criativos" para seus filhos: Valdisney, Francisleidy, Avagina, Uéliton, etc. O mesmo ocorre, com variações, entre as classes baixas americanas, seja no gueto negro (Shaquanda), seja na fazenda redneck (Winchester).
Porém, o curioso é que também entre os ultra-ricos, em especial entre as celebridades da mídia, os nomes bizarros estão se tornando cada vez mais comuns. Como já estamos em 2011, fica difícil colocar a culpa nos velhos hippies e suas drogas alucinógenas.
Já tínhamos a Suri do Tom Cruise e a Apple da Gwinnet Paltrow, entre tantos outros. Robert Rodriguez não perdoou nenhum de seus quatro filhos: são Rocket, Rebel, Rogue e Racer. No Brasil, temos a Sasha da Xuxa, e Zaion e Krizia, filhos de Fábio Júnior.
Agora a Alicia Silverstone resolveu dar a seu filho o nome de Bear Blu (algo como urso azul).
O que explica esses nomes? Imagino que a idéia de torná-los únicos e originais e, por extensão, afirmar que a criança também será única e original -- não um João ou William qualquer.
O problema é que um nome "criativo", além de submeter o indivíduo a uma vida de gozações, também termina limitando as suas possibilidades. Bear Blu talvez seja um ator, um decorador de interiores ou um cantor de rock; mas provavelmente não será um gênio das matemáticas ou um famoso homem de negócios.
Será que os nomes condicionam destinos? O que há de diferente, afinal, em um nome inventado como Zaion e um nome comum como Paulo? Chamar alguém de "Maçã" (fruta) é tão diferente de chamar alguém de "Rosa" (planta)?
Acho que a diferença é a tradição. Associamos certos nomes com certas personalidades históricas ou biblicas, com nossos antepassados, com certas categorias étnicas ou até classes sociais. Um nome revela o futuro que você imagina para a criança a partir do passado associado a esse nome. Nomes "originais" e "criativos" apenas refletem uma idéia superficial do momento, seja um jogo de palavras ou uma homenagem de gosto duvidoso, além de mostrar incapacidade de imaginar o futuro. Um bebê chamado Bear Blu é uma gracinha; um quarentão com o mesmo nome, não tanto. É um ato de vaidade dos pais, que transformam o próprio destino da criança em uma cruel brincadeira.
Porém, talvez o fim do tradicionalismo conservador indique o fim dos nomes tradicionais. Antigamente, imigrantes costumavam modificar o seu nome para adaptá-los ao novo país. Hoje, essa não é mais a regra: o nome mais comum em Londres é Mohammed. Mesmo em Hollywood, atores de origem estrangeira ou de pronúncia difícil costumavam americanizar seus nomes. Hoje eles preferem dar a seus rebentos nomes multiculturais. Sinal dos tempos.
Qual nome você vai dar ao seu filho?
"Bear Blu o caralho! Agora meu nome é Zé Pequeno!"
A Rainha Muda, a matemática homoafetiva, a idiotia politicamente correta e os cadáveres da imprensa
Por: Reinaldo Azevedo
Um dos grandes dramas do Brasil hoje em dia é que os ignorantes patrulham os oportunistas. A presidente Dilma Rousseff suspendeu ontem o tal “kit anti-homofobia” que seria exibido nas escolas — se aquilo era “anti” alguma coisa, era anti-heterossexual; tratava-se de proselitismo gay. Escrevi aqui que Dilma pode ter feito por maus motivos o que deveria ter feito por bons. O que quis dizer com isso? O material era de uma impressionante vigarice intelectual, moral, técnica e matemática. Até aí, tudo bem para o Planalto! A Rainha Muda não havia movido uma palha!
Quando a bancada cristã ameaçou chamar Antonio Palocci para o palco, então a presidente se mexeu e descobriu, ora vejam!, que o tal kit era inadequado e entrava na seara das famílias. Desconheço país do mundo que exiba filmes em sala de aula que tenham o objetivo de alertar os alunos heterossexuais para a possibilidade de que eles podem estar perdendo a oportunidade de “ficar” com indivíduos do mesmo sexo. Isso, obviamente, é assédio moral. Mas não é ainda o limite. Abaixo do fundo do poço, há um alçapão.
Divulgados os vídeos — eu já havia publicado um deles aqui, sobre o rapaz que se chama “Bianca” —, assisti a outro, intitulado justamente “Probabilidades”. Escrevi um post a respeito. Conta a história de Leonardo, que descobriu que gostava de meninas e… meninos. Certo! Aí, relata o filme, “foi copiando a lição de probabilidade que Leonardo teve um estalo (…), gostando dos dois, a probabilidade de encontrar alguém por quem sentisse atração era quase 50% maior. Tinha duas vezes mais chance de encontrar alguém (…)!” Evidenciei o óbvio: trata-se de uma bobagem matemática dupla. Se Leonardo passou a se interessar por todos os bípedes sem pêlos e penas — os tais humanos —, e não apenas pelas fêmeas da espécie, dado que antes só fazia a sua coleta em 50% dos indivíduos, a probabilidade é 100% maior, não 50%; ele não tem duas vezes mais chance, mas uma — já que a primeira sempre esteve dada.
É um troço elementar. Eu não sei se a economista Dilma Rousseff, ainda que destituída de seu falso doutorado, percebeu a falcatrua matemática ao ter vetado o vídeo. O que me causa espanto é que não vi o erro apontado nos sites dos grandes jornais — não havia uma miserável linha a respeito. E a razão é simples. O erro não foi percebido pelo MEC, o erro não foi percebido pelos especialistas, o erro não foi percebido pelos jornalistas. Uma vez denunciado, como foi aqui (este blog teve ontem 98.627 visitas, e vocês sabem como funciona a rede; os posts se multiplicam porque reproduzidos por outros páginas), fizeram de conta que nada tinha acontecido, que a bobagem não estava lá, que o material era bom pra chuchu e só foi vetado porque Dilma cedeu aos dinossauros cristãos para tentar salvar a pele de Palocci
Sim, ela, o PT e mais um bando de gente — sobretudo um bando de gente! — está tentando salvar a pele de Palocci, mas não só por intermédio da suspensão do kit gayzista, não é mesmo? O fato de que tenha recorrido também a esse expediente é uma evidência a mais do desespero, mas não torna aceitável ou respeitável o material. É um lixo pedagógico! É um lixo didático! É um lixo matemático!
Setores da imprensa estão indignados! E daí que a matemática homoafetiva seja diferente daquela matemática habitualmente usada par tocar a vida, presente nas pontes, nos prédios, nas calculadores, nas contas em geral? Que se dane! A escola é o lugar em que a gente tem de aprender “cidadania” e “justiça social”!!! Porque esses são dois conceitos respeitáveis, sem dúvida, então eles podem substituir todo o resto. O Ministério da Educação pode torrar alguns milhões oferecendo uma matemática troncha à patuléia — desde, obviamente, que se o faça por bons propósitos. A canalha considera que a causa da igualdade pode suportar uma língua errada, uma matemática errada, uma ciência errada.
Os alunos pobres podem, sim, ser ignorantes. O importante é que sejam “justos” e pratiquem a igualdade. Dilma suspendeu o material por oportunismo, sem dúvida, mas está sendo patrulhada pelos estúpidos. Ontem, um dos portais trazia a Natalie Lamour do Congresso, Jean Willys (PSOL-RJ), conclamando os gays a não votar mais na petista. O ex-BBB teve pouco mais de 16 mil votos e só está na Câmara porque Chico Alencar foi o seu T000iririca…
Politicamente incorreto
Alguns colunistas condenados ao oblívio pelos leitores — em razão da falta do que dizer — esforçam-se para voltar ao debate atacando “essas pessoas politicamente incorretas” que andam aí pela imprensa — um deles ficou a um passo de soletrar meu nome quando defendi a ação da PM contra os maconheiros que fechavam a Paulista, mas não o fez.
Alguns colunistas condenados ao oblívio pelos leitores — em razão da falta do que dizer — esforçam-se para voltar ao debate atacando “essas pessoas politicamente incorretas” que andam aí pela imprensa — um deles ficou a um passo de soletrar meu nome quando defendi a ação da PM contra os maconheiros que fechavam a Paulista, mas não o fez.
Pois é… O que se entende por politicamente correto? Saber matemática? Apontar a picaretagem teórica dos vídeos homoafetivos do MEC? Acusar o estado de estar invadindo a esfera privada das famílias? Demonstrar o primarismo do roteiro, do texto e dos conceitos das FÁBULAS ESTATAIS que querem levar às crianças e aos adolescentes? Denunciar um verdadeiro trabalho de molestamento da maioria sob o pretexto de proteger a minoria?
Uma imprensa que se conforma com o fato de que o MEC exiba em sala de aula um filme oficial com um erro grotesco de conceito matemático, mas supostamente aceitável porque ancorado na correção política, é uma IMPRENSA MORTA! Parou de cumprir a sua função e está se comportando como militante política. Uma imprensa que propaga uma mentira estúpida — como a afirmação de que o suposto desmatamento no Mato Grosso teria sido provocado pelos debates sobre o novo Código Florestal — é igualmente uma IMPRENSA MORTA. Perdeu o seu compromisso com a verdade.
Não me preocupa — e acho que isso explica, em parte ao menos, o sucesso do blog — se minha opinião é politicamente correta ou incorreta; não preciso pedir licença a nenhum aiatolá para escrever. Já defendi algumas vezes, por exemplo, a união civil de homossexuais. Eu me oponho, aí sim, a que o Supremo ignore a Constituição para realizar esse propósito. Eu me oponho a que o Estado assuma o lugar das famílias. Eu me oponho a que se violem a lógica e a matemática para fazer “justiça”. Eu me oponho a que as aulas de “igualdade” tomem o lugar da aritmética e da língua portuguesa. Isso não é ser politicamente incorreto. Isso é não ser politicamente estúpido.
Dilma vetou o filme para salvar o couro de Palocci? É só mais uma manifestação da República dos Companheiros. A sua decisão, comprometida pelo oportunismo, não torna aceitável a porcaria que Fernando Haddad preparou para ser exibida nas escolas. Aplaudo a decisão em si. E censuro a Rainha Muda por ter deixado essa estupidez ir tão longe.
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Opinião,
Reinaldo Azevedo
segunda-feira
Três posts do Reinaldo Azevedo sobre a Marcha da Maconha
Os maconheiros têm de aprender a tragar a democracia — ou vão respirar o gás lacrimogêneo do estado de direito. É simples!
Escrevi ontem um texto dando os parabéns à PM de São Paulo e ao governador Geraldo Alckmin por demonstrarem que a Constituição ainda vale em São Paulo. O post gerou um sururu dos diabos. Os maconheiros que faziam uma marcha que tinha sido proibida pela Justiça tentaram bloquear a avenida Paulista. Trata-se do cerceamento da liberdade de ir e vir. Como resistiam à Justiça, um dos Poderes da República democrática, e à Polícia, que é a democracia de farda, uma das forças que detêm o monopólio do uso legal da força, foi preciso usar bombas de gás lacrimogêneo. Um bom uso!
Escrevi ontem à noite um texto com algumas ironias, sim, a respeito. Reitero: “A bomba de gás, quando maconheiros ou quaisquer outros resolvem cassar um direito constitucional da população, vale por um verdadeiro poema da democracia”. Fui ainda mais lírico: “A bomba de gás é o lança-perfume do estado democrático quando a tropa de choque da maconha decide afrontá-lo.” O texto gerou uma gritaria danada, especialmente nas tais redes sociais. No Twitter, o mato pegou fogo! A turma do fumacê, como se nota, é organizada e se julga acima da lei.
Lamento, hein!? Sou legalista. A Justiça havia proibido a tal marcha, e eu respeito as instâncias da democracia e creio que elas devam ser respeitadas. Não que eu evite o debate. Ao contrário: critiquei aqui severamente recente decisão do Supremo Tribunal Federal que, acredito, viola a Constituição. Mas ela tem de ser seguida. Debater é uma coisa; desrespeitar, outra.
A Lei Antidrogas no Brasil é um primor de contradições. Na prática, o consumidor já é protegido por ela, mas não o tráfico e a apologia do consumo — e isso vale também para a maconha. Um grupo de 17 organizadores da manifestação havia obtido um habeas corpus preventivo, concedido pelo juiz Davi Capelatto. Em seu despacho, o meritíssimo citou até FHC, que defende a revisão da lei antidrogas. Afirmou que o ato planejado estava no terreno da liberdade de expressão, mas deixou claro que não estava autorizado o consumo e a apologia das drogas.
Muito bem: se aquela turma foi buscar uma decisão judicial, queria o amparo da lei, que poderia concordar ou não com o evento. O juiz concedeu a liminar, mas o Ministério Público recorreu, e a marcha foi proibida. Ora, não se pode seguir a determinação legal apenas quando ela autoriza a gente a fazer o que quer. Proibida a marcha, os organizadores, hipocritamente, a mantiveram, chamando-a, no entanto, de manifestação em favor da liberdade de expressão. Era mesmo? Um dos refrãos da turma era este: “Ei, polícia, maconha é uma delícia”. Cartazes faziam a apologia aberta da maconha. Mesmo que a decisão do juiz Capelatto ainda estivesse valendo — já não valia mais —, o ato já era aberta e claramente ilegal, e caberia à Polícia intervir.
Pois é… Os maconheiros vão ter de aprender a seguir a lei. Se resistem, a tanto têm de ser forçados. A PM ainda tentou manter o protesto no vão do Masp, mas a turma queria a rua. O maconheiro é, antes de tudo, um chato. Ele costuma se julgar iluminado por uma fora superior e acredita que precisa propagar isso ao mundo. É só efeito do THC, mas ele pensa ser inspiração divina. A prisão de um deles, por desacato, deu origem à bagunça, e a rua foi tomada, numa nova afronta à ordem legal. Então a democracia de farda os demoveu com a manifestação química da vontade do povo: o gás lacrimogêneo.
Qual é? Agora, no Brasil, a canalha vai tomar na marra o que acha que lhe pertence, fazer na marra o que acha que tem direito, impor na marra a terceiros aquilo que supõe ser o certo? Por que a Polícia deveria reprimir outras ilegalidades, mas não essa? Faço questão de destacar: se a avenida não tivesse sido ocupada e se alguns “malucos”, creio que já no curso de uma viagem, não tivessem decidido afrontar a PM, não teria havido conflito nenhum — a polícia teria, vejam só, sido tolerante com a… ilegalidade. Mas gente que vai a um ato como esse gosta é de confronto. E não vejo por que deva passar vontade.
Agora o juiz Capelatto
Hoje em dia, é praticamente impossível alegar certas ignorâncias. Se o doutor tivesse feito uma simples pesquisa no Google para saber a quem concedia liminar, teria verificado que, entre os solicitantes, há notórios defensores da maconha (não da liberdade de expressão), que organizam, inclusive, páginas na Internet que fazem a apologia da droga. São essas páginas que organizam as manifestações. Assim, tentar uma distinção entre a “apologia do uso da droga” e a “liberdade de expressão” é só um mimo retórico.
Hoje em dia, é praticamente impossível alegar certas ignorâncias. Se o doutor tivesse feito uma simples pesquisa no Google para saber a quem concedia liminar, teria verificado que, entre os solicitantes, há notórios defensores da maconha (não da liberdade de expressão), que organizam, inclusive, páginas na Internet que fazem a apologia da droga. São essas páginas que organizam as manifestações. Assim, tentar uma distinção entre a “apologia do uso da droga” e a “liberdade de expressão” é só um mimo retórico.
Os valentes querem debater? Ora, façam-no, sei lá, no complexo PUCUSP; organizem seminários, palestras, colóquios… Mobilizem o Congresso se for o caso. Mas aí não tem graça, certo? Que sentido faz um bando de maconheiro ficar defendendo a maconha para um bando de maconheiros? É preciso ganhar as ruas, as praças, interferir no cotidiano de pessoas que não estão interessadas na sua causa, atrapalhar a vida dos outros, violar as regras da convivência coletiva.
Vivemos numa democracia — e isso não quer dizer que tudo seja permitido. Aliás, o regime democrático é justamente aquele em que nem tudo é permitido; esse é o estado da natureza, que a ordem democrática repudia. Há certamente pessoas que consideram injusta a perseguição à pedofilia — e não estou comparando os crimes, que têm, claro!, graus de gravidade. Uma agressão não é igual a um homicídio. Mas a lei coíbe a agressão e o homicídio — apenando distintamente os transgressores.
Eu acho injusto pagar determinados impostos, protesto contra eles. Todos podemos — e, na minha opinião, devemos — lutar por uma carga tributária menor, mas irá para a cadeia, e por um bom motivo, quem sair por aí, em nome da liberdade de expressão, ensinando e incitando a sonegação.
Não! Eu não estava de cabeça quente — como sugeriu um leitor — quando escrevi aquele texto ontem. Ao contrário: estava calmíssimo, como estou agora. Faço até uma metáfora nova: os maconheiros terão de aprender a tragar a democracia e a viajar nesse papo.
PS - É inútil protestar e tentar me satanizar na rede. Continuarei a chamar os que fumam maconha de “maconheiros”. Qual é o busílis? Essa gente curte o mato, mas tem preconceito contra a palavra?
Parabéns, PM de SP e governador Alckmin! Quando maconheiros ou outros quaisquer resolvem cassar a Constituição, bomba de gás lacrimogêneo vale por um poema democrático!
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| Eles acham que podem cassar a Constituição para defender seus hábitos; foram contidos pela democracia química das bombas de gás. Alguém conhece regime melhor do que esse? (Foto Zanone Fraissat/Folhapress) |
Os maconheiros dirão que foram terrivelmente reprimidos pelo governo do PSDB. Huummm… Fosse eu o governador Geraldo Alckmin, diria: “É isso mesmo! Reprimi, sim!” Mas Alckmin não fará isso, é claro, até porque não corresponderia bem aos fatos.
Então vamos aos fatos. A Justiça — aquela mesma aplaudidíssima pelos “modernos” quando, ao arrepio da Constituição, legalizou o casamento gay — proibiu a Marcha da Maconha em São Paulo. Depois escreverei um texto a respeito, marcando a distinção entre liberdade de expressão e apologia do uso de droga. Adiante. A Justiça proibiu? Então proibido está.
Recorrendo a um mero truque retórico, os organizadores da dita-cuja, então, transformaram a marcha num protesto em favor da “liberdade de expressão”. Certo! Só que decidiram interromper o trânsito na Avenida Paulista. Essa gente acha que seu vício é importante o bastante para cassar um direito constitucional dos paulistanos: o de ir e vir.
A Polícia tentou negociar. Não adiantou. A Polícia lhes pediu para sair. Também não adiantou. A Polícia esperou um pouco de bom senso. Nada! Os manifestantes estavam tomados, como diria o poeta, pelos “fumos” da indignação. Então a Polícia resolveu retirá-los da avenida de modo coercitivo. A cambada resolveu reagir e enfrentar os policiais.
Foram contidos com bombas de gás lacrimogêneo. A bomba de gás, quando maconheiros ou quaisquer outros resolvem cassar um direito constitucional da população, vale por um verdadeiro poema da democracia.
A Polícia de São Paulo está de parabéns! Agora chamem o deputado Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara, para oferecer o “outro lado”. Ora, a bomba de gás é o lança-perfume do estado democrático quando a tropa de choque da maconha decide afrontá-lo. Essa gente reclama do quê? Que tente uma nova substância: a democracia!
“Polícia sem-vergonha/ seu filho também fuma maconha”. Era a turma da marcha. E a borracha cantou no lombo. Por bons motivos, como se lê!
É preciso, de fato, não me conhecer para achar que me intimido com correntes organizadas para pressionar em favor disso ou daquilo. Se concordo, digo “sim”; se discordo, digo “não”. Eu sou contrário à legalização das drogas, todo mundo sabe disso. A tal “marcha” tinha sido proibida pela Justiça, e o dever da polícia era impedi-la. Está nas leis. Está na Constituição. Escrevi dois posts a respeito que deixaram algumas pessoas revoltadas (aqui e aqui). Querem um terceiro? Pois não!
Os organizadores, tentando dar um truque na ordem legal, anunciaram que converteriam o ato em favor da maconha na defesa da “liberdade de expressão”. Tratava-se de uma farsa destinada a usar o Artigo 5º da Constituição para cometer um crime. Prometeram à Polícia que as imagens que faziam referência à maconha seriam cobertas. Não foram. Prometeram que não haveria a defesa explícita da droga. Mentiram. E aí?
A apologia do uso de drogas é crime. O Parágrafo 2º do Artigo 33 da Lei 11.343 (lei antidrogas) é claríssimo ao caracterizar o delito e prever a pena, a saber:
§ 2o - Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
§ 2o - Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
Muito bem. Não tenho a ilusão de que esses caras leiam dicionário. Se, para eles, leis e Constituição de nada valem, por que dariam bola para o sentido das palavras? De todo modo, está lá no Houiss:
“Incitar:
Estimular (uma pessoa ou conjunto de pessoas) a (praticar determinada ação); induzir; dar conselhos; aconselhar; persuadir; provocar (reação); acirrar; despertar; dar ordem; incentivar; açular.
“Incitar:
Estimular (uma pessoa ou conjunto de pessoas) a (praticar determinada ação); induzir; dar conselhos; aconselhar; persuadir; provocar (reação); acirrar; despertar; dar ordem; incentivar; açular.
“Instigar
Estimular; induzir; incitar (alguém a cometer um crime); dar conselhos; aconselhar; persuadir; provocar (reação); acirrar, despertar; dar ordem, incentivar.”
Estimular; induzir; incitar (alguém a cometer um crime); dar conselhos; aconselhar; persuadir; provocar (reação); acirrar, despertar; dar ordem, incentivar.”
Como se nota, são palavras sinônimas de sentido muito claro. Agora vamos ver alguns dos refrãos da “manifestação em favor da liberdade de expressão”:
1: “Ei, polícia, maconha é uma delícia”;
2: “Polícia sem-vergonha/ seu filho também fuma maconha”;
3: “Legalize já, legalize já/ uma erva natural não pode te prejudicar”;
4: “Dilma Rousseff,/legalize o beck”
2: “Polícia sem-vergonha/ seu filho também fuma maconha”;
3: “Legalize já, legalize já/ uma erva natural não pode te prejudicar”;
4: “Dilma Rousseff,/legalize o beck”
“Beck”, segundo entendi, é o cigarro de maconha. Muito bem! Como é mesmo? “Polícia sem-vergonha/ seu filho também fuma maconha”? Não dá, né? E, nessa hora, a borracha ainda não havia cantado, o spray de pimenta ainda não havia sido aspergido, as bombas de gás lacrimogêneo ainda não haviam provocado tantas emoções.
Existe um certo auê por aí porque, obviamente, políticos que têm essa clientela se metem a defender essas pobres vítimas, e a imprensa, como se sabe, é majoritariamente favorável à descriminação das drogas, além de ser tomada por uma cultura contrária à polícia — sem contar que não é segredo para ninguém que a “catchiguria” não chega a ser exatamente a que reúne os maiores adversários das drogas; deve perder para a dos “artistas”, mas por um ou dois “becks”…
“Polícia sem-vergonha/ seu filho também fuma maconha” para a tropa de choque, que estava na rua cumprindo uma determinação legal e constitucional? É chamar pra briga o cassetete longo com vara curta. Gente honesta, que está trabalhando, acostumada a correr riscos, treinada para viver no perigo, não tem de agüentar esses desaforos, não.
A Justiça havia proibido a marcha, a polícia tinha um dever a cumprir, e o que se viu na rua foi uma clara transgressão ao Parágrafo 2º do Artigo 33 da Lei 11.343. A prática dá cana. Dêem-se por satisfeitos esses patriotas por não terem de ficar de um a três anos em cana, com pagamento de multa.
A turma pró-marcha me sataniza na rede? É um favor! Estamos realmente em campos opostos. No que diz respeito às drogas, eu quero é a criação de uma força-tarefa nacional para conter o flagelo do crack e do óxi, seja combatendo o tráfico, seja atendendo às vítimas. Nesse contexto, uma Marcha da Maconha me lembra, sei lá, um daqueles lupanares romanos de péssima freqüência, pouco antes da chegada dos bárbaros.
PS - A PM diz que vai apurar se houve abusos e coisa e tal. Tudo bem! Tendo havido, eu sou contra, embora eu considere que o refrão “Polícia sem-vergonha, seu filho também fuma maconha” vai além da defesa da liberdade de expressão. Os maconheiros prometem um novo protesto no sábado no vão do Masp. Caso se reúnam pacificamente em defesa da liberdade de expressão, excelente! Se repetirem os mesmos refrãos e portarem os mesmos cartazes, aí acho que se trata de transgressão à lei 11.343. Terão de ser reprimidos de novo. Mas não custa considerar: a melhor maneira de fazer um maconheiro queimar o filme é deixá-lo falar, como dizia Paulo Francis sobre os comunistas.
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quinta-feira
Falar errado para não ficar com fama de bicha!
Há pouco, doutora Vera Masagão Ribeiro, coordenadora da ONG Educa Ativa, organização que é responsável pedagógica pelo livro “Por Uma Vida Melhor” — que não é de aconselhamento matrimonial, mas de língua portuguesa — concedia uma entrevista à rádio CBN. Tio Rei é ligadão, hehe… Sempre com um olho no peixe e outro no gato. Disse coisas espantosas, assustadoras mesmo. Tentando justificar as barbaridades contidas em seu livro — entre elas, afirma que o estudante deve dominar as normas culta e inculta da língua e escolher a mais adequada; logo, o erro pode ser melhor do que o acerto a depender do caso —, disse que, muitas vezes, existe um preconceito sexista contra a norma. E citou caso de estudantes que lhe teriam confessado que, caso falem corretamente nas comunidades onde moram, ficarão com fama de “homoafetivos” — ou “veados”, como se diria nessas áreas preconceituosas…Ah, bom! Então agora entendo melhor o propósito do livro. Eu até havia escrito, com alguma ironia, que o combate de seu livro à norma culta era o correspondente lingüístico ao combate à heteronormatividade. Mas vejo agora que é o contrário! O livro “Por Uma vida Melhor”, na verdade, busca deixar mais confortáveis os jovens heterossexuais. Assim, a heterodoxia gramatical de Heloísa Ramos daria um suporte acadêmico para a heteronormatividade, e a gramática é que estaria, assim, mais próxima da coisa homoafetiva, pelo menos nas tais comunidades populares, né?
No Globo Online, Heloísa teve um chilique. Reclamou que todo mundo dá pitaco em educação. Afirmou que isso é coisa para especialistas… Ah, bom! A autora fica macaqueando a suposta língua do povo para demonstrar o respeito que teria pela cultura e pela verdade populares, mas, quando contestada, sobe na torre de marfim e grita: “Não me toquem! Eu sou especialista!”.
Conhece, professora Heloísa, a expressão bem popular “Uma Ova!”? Então… Uma ova! Vai ter de se explicar, sim! Eu continuo esperando que a valente me diga em que situação o erro é mais adequado do que o acerto. Seu livro sustenta essa possibilidade. Segundo a outra defensora do livro, na entrevista concedida à CBN, só há uma: cumpre falar errado para não ficar com fama de bicha!
Não é impressionante que a gente tenha de debater uma questão como essa no Brasil?
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quarta-feira
Mulher fala alto ao celular por dezesseis horas, é expulsa do trem por policiais

Tem coisa pior que gente sem-noção que conversa alto pra cacete no celular? São terríveis. TERRÍVEIS! É por isso que Lakeysha Beard vai além do terrível: durante as 16 horas de uma viagem de trem nos EUA, ela não calou a boca. Ela passou dezesseis horas falando alto ao celular. Dentro de um trem, onde você não pode simplesmente sair quando quiser. E em um vagão silencioso, onde é proibido usar celular – quanto mais falar alto nele.
Os trens da Amtrak, empresa que opera muitas ferrovias nos EUA, têm tomada próxima a cada assento: ou seja, dá pra ligar seu laptop e trabalhar a viagem inteira, por exemplo. Ou ligar seu carregador no celular e incomodar todo mundo por horas a fio.
Diversos passageiros pediram pra mulher parar de berrar, a plenos pulmões, no celular que a mão gorda dela segurava. Pediram pelo amor de Deus, pra ela ficar quieta de uma vez! Mas não adiantou: ela ignorou todo mundo. Então um passageiro se estressou de vez e juntou coragem pra enfrentar a mulher. Aí a Lakeysha “ficou agressiva”.
Mas a história teve um final feliz! Elas nunca têm final feliz: você tem que escutar o infeliz gritando no celular (ou ouvindo música alta) até chegar no seu ponto de ônibus/trem/metrô, não há o que fazer. Mas neste caso, os condutores pararam o trem em Oregon, onde membros da polícia de Salem – e sinceramente, heróis – esperavam para retirar a Lakeysha do trem. Depois, ela disse que se sentiu “desrespeitada”. Liga pra alguém pra contar sua história, então… Mas fora do trem, que seguiu viagem sem o incômodo.
Lakeysha foi acusada de crime hediondo contra a humanidade, e foi condenada a prisão perpétua em um planeta distante, onde não há nem nunca haverá sinal de celular. Ou foi só uma acusação de conduta inadequada. É que gente assim me irrita profundamente. [Komonews e KATU]
Vi no Gizmodo Brasil
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sexta-feira
Ódio à burguesia, ódio à realidade!
Parece estar havendo polêmica em São Paulo com o fato de que alguns moradores do bairro Higienópolis serem contrários à criação de uma nova estação de metrô lá. O Sakamoto escreveu sobre o assunto, naturalmente destilando ódio contra a "burguesia" e contra São Paulo, cidade que ele ama odiar. O Reinaldo Azevedo, que mora em Higienópolis, também tocou no tema, de modo mais sensato, explicando não apenas a questão do anti-semitismo como o fato de que o bairro já é bem servido de estações de metrô.
Porém, confesso que o que achei mais ilustrativo de tudo foi este breve intercâmbio aqui, entre duas comentaristas no blog do nipo-esquerdista anteriormente citado:
Porém, agora que penso, acho que o ódio que muitos sentem não é contra a tal "burguesia", mas sim contra a realidade. Sua visão de mundo não é baseada no mundo real, mas no "mundo como ele deveria ser". "A vida não é justa!", choram e esperneiam, como se isso fosse mudar alguma coisa.
O próprio Sakamoto repete em seu texto um mantra esquerdista que já ouvi várias vezes: "Se a cidade não é de todos, não será de ninguém".
O que diabos significa isso?
Eles preferem mesmo que seja "de ninguém", isto é, a destruição total, a que alguns tenham um pouco a mais do que outros? Se não a (utópica) igualdade, então a morte. Se não posso ter o brinquedo, então vou quebrar ele!!
Até Lula meteu sua colher, querendo insuflar o ódio de classes e afirmando que os moradores de Higienópolis tem "preconceito contra pobre".
Assim como há quem tenha preconceito contra pobre, há quem tenha preconceito contra rico. Se os moradores da favela, que não pagam IPTU e constróem ilegalmente, podem reivindicar seus "direitos", porque motivo a classe média alta que paga mais imposto do que todos, não teria direito às suas próprias reivindicações?
E por que razão a classe média ou média-alta daquele bairro não quereria uma parada de metrô ali? Será que teria algo a ver com a possibilidade de acontecer um arrastão e tiroteio entre os vagões, ou isso seria mera paranóia de burguês?
Muitas vezes acusa-se a classe média de querer se "segregar"; de morar em bairros afastados da gentalha. Ora, é claro que quer! E de preferência atrás de altos muros e sistema de alarme.
Se vivêssemos em um país no qual as pessoas não roubam nem assaltam nem estupram, talvez haveria de fato menos preconceito contra pobres. Não sendo o país assim, às vezes fica preciso generalizar.
No mais, é o seguinte: querer igualdade é uma utopia inútil. As pessoas não são iguais, e nunca vão ser. A sociedade brasileira, por razões que seria inútil discorrer aqui, jamais vai ser igualitária.
E como poderia, se os que mais gritam pela "igualdade" são justamente aqueles que ganham mais de 20 mil por mês em cargos de promotor ou deputado, que têm direito a escolta armada enquanto querem desarmar o cidadão, que tomam vinho Romanée-Conti com o dinheiro do contribuinte enquanto exaltam o cheiro do povo?
De fato, eles não são burguesia, são aristocratas, são comissários soviéticos!
No Brasil, ser rico é pecado - a não ser que seja com o dinheiro público. Aí, tudo bem!
Dizia o filósofo Edmunde Burke: "É um erro popular muito comum acreditar que aqueles que fazem mais barulho a lamentarem-se a favor do público sejam os mais preocupados com o seu bem-estar."
Burke jamais conheceu o Brasil, ou teria incrementado sua tese com alguns palavrões.
Porém, confesso que o que achei mais ilustrativo de tudo foi este breve intercâmbio aqui, entre duas comentaristas no blog do nipo-esquerdista anteriormente citado:
Sandra disse:Acho que o diálogo reflete bem, por um lado, a tentativa de isolamento dos que têm mais, e, por outro lado, o ódio que certas pessoas - invejosas? recalcadas? - sentem daqueles que conseguem se isolar um pouco que seja do caos geral. Não, essas pessoas tão cheias de ódio, que desejam aos outros assaltos e morte, não são pobres. Os muito pobres raramente sentem ódio dos ricos, afinal, trabalham para eles e vivem deles. Se tem alguém que os insufla a odiar a "burguesia" são os revolucionários, que querem mesmo é destruir tudo de vez.
Moro em Higienopolis e sou contra metro la. Nosso bairro eh limpo e relativamente seguro – nao precisa de mais nada. Honestamente, gostaria de construir um muro ao redor de Higienopolis e cobrar pedagio pra que nao-moradores entrem la.
Espero sinceramente que sua casa seja assaltada e sua familia refem de algum marginal.Mari José disse:
Porém, agora que penso, acho que o ódio que muitos sentem não é contra a tal "burguesia", mas sim contra a realidade. Sua visão de mundo não é baseada no mundo real, mas no "mundo como ele deveria ser". "A vida não é justa!", choram e esperneiam, como se isso fosse mudar alguma coisa.
O próprio Sakamoto repete em seu texto um mantra esquerdista que já ouvi várias vezes: "Se a cidade não é de todos, não será de ninguém".
O que diabos significa isso?
Eles preferem mesmo que seja "de ninguém", isto é, a destruição total, a que alguns tenham um pouco a mais do que outros? Se não a (utópica) igualdade, então a morte. Se não posso ter o brinquedo, então vou quebrar ele!!
Até Lula meteu sua colher, querendo insuflar o ódio de classes e afirmando que os moradores de Higienópolis tem "preconceito contra pobre".
Assim como há quem tenha preconceito contra pobre, há quem tenha preconceito contra rico. Se os moradores da favela, que não pagam IPTU e constróem ilegalmente, podem reivindicar seus "direitos", porque motivo a classe média alta que paga mais imposto do que todos, não teria direito às suas próprias reivindicações?
E por que razão a classe média ou média-alta daquele bairro não quereria uma parada de metrô ali? Será que teria algo a ver com a possibilidade de acontecer um arrastão e tiroteio entre os vagões, ou isso seria mera paranóia de burguês?
Muitas vezes acusa-se a classe média de querer se "segregar"; de morar em bairros afastados da gentalha. Ora, é claro que quer! E de preferência atrás de altos muros e sistema de alarme.
Se vivêssemos em um país no qual as pessoas não roubam nem assaltam nem estupram, talvez haveria de fato menos preconceito contra pobres. Não sendo o país assim, às vezes fica preciso generalizar.
No mais, é o seguinte: querer igualdade é uma utopia inútil. As pessoas não são iguais, e nunca vão ser. A sociedade brasileira, por razões que seria inútil discorrer aqui, jamais vai ser igualitária.
E como poderia, se os que mais gritam pela "igualdade" são justamente aqueles que ganham mais de 20 mil por mês em cargos de promotor ou deputado, que têm direito a escolta armada enquanto querem desarmar o cidadão, que tomam vinho Romanée-Conti com o dinheiro do contribuinte enquanto exaltam o cheiro do povo?
De fato, eles não são burguesia, são aristocratas, são comissários soviéticos!
No Brasil, ser rico é pecado - a não ser que seja com o dinheiro público. Aí, tudo bem!
Dizia o filósofo Edmunde Burke: "É um erro popular muito comum acreditar que aqueles que fazem mais barulho a lamentarem-se a favor do público sejam os mais preocupados com o seu bem-estar."
Burke jamais conheceu o Brasil, ou teria incrementado sua tese com alguns palavrões.
quarta-feira
As Aventuras do Super-Atual
segunda-feira
Novo Blog

Se você segue o SPD, e é Católico não deixe de conferir nosso novo projeto o "Por dentro da Barca de Pedro" que é um blog dedicado apenas a Religião.
Para alegria dos 3 leitores aqui do SPD, ele continua as suas atividades normalmente (se é que podemos chamar o que publico aqui de normal).
quinta-feira
Como destruir o ensino médio público
Sob o patrocínio por ora oculto do ministro da Educação, Fernando Haddad, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou uma proposta que, se posta em prática, oficializa a bagunça no ensino médio do país. Os pobres serão definitivamente condenados à ignorância; na prática, vai se instituir um sistema de castas na educação. A quem pode pagar, ensino médio privado e de alta performance e, por conseqüência, os cursos superiores mais concorridos e as melhores universidades… públicas! A quem não pode, ensino público de quinta categoria no antigo segundo grau, faculdades privadas que não se distinguem de balcões de negócios, financiadas pelo ProUni. Eu explico.
A dificuldade de ser professor hoje, é exatamente mostrar ao aluno que ele não deve ser uma pessoa medíocre, ou seja, tenha uma perspectiva de vida e nesta perspectiva de vida a ignorância não deve estar embutida como um dos itens...
E a ignorância que está instalada hoje na sociedade é tão grande que até o significado da palavra ignorância perdeu o sentido ... a palavra ignorância é usada com um sentido que não lhe cabe !!!
Segundo a genial proposta aprovada pelo CNE, cada escola — sim, cada escola! — poderá organizar o seu próprio curso de ensino médio, desde que ministre disciplinas em quatro áreas: “trabalho, tecnologia, ciência e cultura”. Sei… Um colégio que fique numa área industrial, enfatizaria mais “trabalho e tecnologia” e, pois, deveria dar mais ênfase, por exemplo, a disciplinas como física e química… Ah, que interessante! Os colégios de São Thomé das Letras (MG) e Varginha, onde os ETs costumam dar pinta — aborrecidos que estão com o tédio das esferas —, concentrarão seus esforços em literatura; ficção científica, de preferência.
É uma sandice! O ensino médio no Brasil precisa é do contrário: urge a definição de um currículo mínimo de abrangência nacional, até porque, vejam a contradição, os estudantes do Enem fazem um exame… nacional! Por mais que o Ministério da Educação alopre nas questões — e, com efeito, sobram muito proselitismo e muita vigarice —, supõe-se a existência de um conteúdo mínimo que tem de ser ministrado. Imaginem se a coisa corre solta, cada escola definindo a sua própria prioridade… Alguém dirá: “Viva a liberdade!” Uma ova! Viva o autoritarismo dos chefes de quarteirão!
Trata-se de uma proposta contra os pobres. As escolas privadas de ensino médio de alta performance, que avaliam o desempenho dos professores e que vivem de resultado, tenderão a usar a “liberdade” para tornar seus cursos ainda mais competitivos, preparando seus estudantes para os cursos mais concorridos das universidades públicas. Já as escolas públicas do que antes se chamava “segundo grau”, corroídas pelo sindicalismo casca-grossa, que preferem ensinar “cidadania” (seja lá o que isso signifique) a matemática, física ou química, vão se entregar ao proselitismo rasgado. Os currículos passarão a ser definidos pelos sindicatos.
Tudo bem! Dado o andamento do ensino universitário no país, o desastre não será nem sequer percebido. Há muitos mecanismos para mascarar a desigualdade educacional no país que diz ter a educação como prioridade. Começa com o sistema de cotas e se estende ao ProUni, hoje um gigantesco sistema de repasse de dinheiro público para mantenedoras privadas. A esmagadora maioria das vagas destinadas aos pobres é composta dos cursos que requerem apenas cuspe e giz — às vezes, nem isso. O que o CNE está propondo é a radicalização desse sistema.
A proposta desce a detalhes perversos. Permite, por exemplo, que 20% das aulas do ensino médio noturno — 40% dos alunos — sejam, como se diz hoje em dia, “não-presenciais”, e o curso poderá durar mais de três anos. Pois é… Brasil afora, dada a desordem no setor, os alunos já fazem curso a distância porque não há professores.
A proposta aprovada pelo CNE, patrocinada nos bastidores por Haddad, é vergonhosa. Significa a renúncia ao esforço em favor da qualidade.
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Reinaldo Azevedo
O que acontece quando você mostra alguma coisa engraçada para alguém
segunda-feira
Tipos de comentaristas em Blogs

Vou precisar de vocês no fim desse post, amigos Tower Defense.


Eu criei esse post sozinho gente, sério.

Esses eu dei 4 porque a maioria das vezes concordo com eles.

Dica: uma coisa que não é novidade na internet são vocês.

Ahhh, santa indexação no Google.

Tem uma pegadinha, mas claro que não vão se importar e me corrigirão mesmo assim.

rs

Ninguém quer ler seu blog de poesias, cara.

Via Caixa Pretta
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