quinta-feira

Democracia não é suficiente

A "democracia" na Líbia está prendendo e arrebentando. Depois de linchar Khadafi, a turba muçulmana no comando já executou uns outros 53. Agora afirma que a nova lei do Estado será baseada na sha'ria islâmica. Veja você, sob o terrível ditador Khadafi, o cidadão não podia ter mais do que uma única esposa. Agora vai poder ter quatro, como manda o Corão... Liberdade!

Certo, eles vão ter eleições. E daí? A União Soviética tinha eleições. Cuba tem eleições. Até a Venezuela chavista tem eleições.

Estamos vivendo em um tempo em que a forma substitui o conteúdo. Se um país tem eleições, é considerado uma "democracia", não importa que oprima os opositores, que tenha leis estúpidas ou que seja corrupto até o tutano. 

No Brasil, nos garantem, temos uma "democracia". Para mim, vai ficando cada vez mais parecida ao fascismo mussoliniano, com a diferença que Mussolini era provavelmente melhor. Getúlio Vargas e Perón continuam sendo o ideal de governo de todo presidente latrinoamericano que se preze.

Vejam o Lula. Não há dúvida alguma que queira voltar ao poder. A sua recente pose com cocar de cacique mostra bem as suas intenções. O PT quer "democracia", claro. Mas a antiga Alemanha Oriental não se chamava "República Democrática"? É esse o estilo de "democracia" que eles querem. Pode escolher o candidato de qualquer cor, desde que essa cor seja vermelha. 

Os terroristas dos anos 60 perderam a batalha, mas venceram a guerra. A demonstração mais cabal é a condenação à prisão perpétua de dezenas de generais argentinos. Não tiveram perdão. Tudo bem, eram criminosos e torturaram -- mas e os terroristas de esquerda que explodiram, seqüestraram, assaltaram, mataram, trucidaram? Ora, esses estão no comando, e continuam assaltando, só que agora em outro nível. Ninguém perguntou sobre o enriquecimento ilícito da "presidenta" Cristina Kirchner, nem sobre suas constantes tentativas de silenciar a imprensa local. 

Cada vez mais, no Ocidente e alhures, a democracia torna-se uma farsa, um teatrinho montado para divertir os imbecis. Os verdadeiros caciques fazem e acontecem debaixo dos panos. "O povo tem mais liberdade", garantem. "O povo pode votar e escolher quem quiser." E riem, sabendo que a população só pode escolher entre 6 e meia-dúzia (ambos comunas ou ladrões, mas me repito), e que as verdadeiras decisões são tomadas muito longe, sem qualquer apelo à vontade popular. Mas o povo? Feliz. Tem seu pão e seu circo garantidos, e a juventude jura que é "transgressora", mesmo repetindo unanimemente a cartilha repetida dia a dia por todos os meios de comunicação.

A democracia é um sistema bom, mas, por si só, não é suficiente. Não bastam eleições para fazer um país democrático. Seja a Líbia, sejam os EUA, seja o Brasil.

 
 

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