quinta-feira

E Jean Wyllys, a Natalie Lamour da Câmara, ataca as marchas contra a corrupção!

http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2011/10/12/marcha_contra_a_corrup.jpgO deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), a celebridade que virou deputado, a Natalie Lamour da Câmara, resolveu, também ele, atacar as marchas contra a corrupção. O rapaz tuitou o seguinte:
“Esses ‘cansados da corrupção’ mostram que, na verdade, só ’sabem’ da corrupção aquilo que a velha mídia noticia e pauta.” 

É de uma vigarice intelectual ímpar! Se ele acha que os motivos apontados pela “velha mídia” são parcos ou irrelevantes, por que, então, não denuncia os grandes ou verdadeiros motivos, em vez de se comportar como um sabotador? E o mais engraçado é que, em outros tuites, ele faz algumas “exigências” para participar da marcha… É o complexo de celebridade!
Não deixa de ser interessante ver um deputado do PSOL - o tal “Partido Socialismo e Liberdade” (podem rir!!!) - a atacar manifestações populares. Ele sabe muito bem por que se comporta assim. Os protestos são dirigidos também contra o Congresso, pelos menos contra a sua parte podre. Natalie se deu muito bem por lá. Encontrou seu espaço em comissões disso e daquilo e é respeitado como “celebridade que pensa”. E isso só quer dizer que está cercado de gente que pensa ainda menos do que ele próprio.
É de lascar que ataque “a velha mídia” um sujeito que ganhou uma bolada num reality show e que só foi eleito por conta de sua exposição desabrida num programa dessa natureza e por causa do voto proporcional. Eis uma boa razão para se ter o voto distrital no Brasil: gente assim seria mantida longe do Parlamento e poderia se dedicar a seu ofício: o setor, digamos, de “espetáculos”.
“Gente assim, como? Gay?” Ora… O que Jean faz com os instrumentos que lhe facultou a natureza não é da minha conta. Ele que se divirta como gosta e pode. Eu me refiro à sua ignorância propositiva, à altivez com que costuma dizer bobagens clamorosas, à sua tolice. Eu já o critiquei aqui, e ele andou falando mal de mim em palestras por aí… Quem o chama para palestrar merece ouvir o que ele tem a dizer… À época, afirmaram que eu estava exagerando. Pois é. Tenho faro para certos tipos.
A Natalie Lamour que defende com unhas e dentes a tal da lei que criminaliza a homofobia (que é, na verdade, uma lei de censura), em nome da igualdade, trata com desdém pessoas decentes, que protestam contra a corrupção.
E só para arrematar: notícias da “velha mídia” derrubaram quatro ministros de estado e mais de 20 pessoas do Dnit.
Quando ataca a velha mídia, Jean Wyllys se alinha com a nova corrupção.
PS - Mandaram-me um vídeo em que um garotinho, fazendo as vezes de repórter mirim, pergunta a Jean Wyllys quanto é 7 vezes 9. Ele ri nervosamente e não consegue responder. Foi reprovado também na tabuada da democracia.
PS2 - Os tuítes do moço estão recheados daquela falsa sapiência pseudo-universitária para pegar os trouxas (”Nossa! Como ele é sabido!”). É, assim, um Gabriel Chalita mais, sei lá como definir, ousado talvez. Seu perfil resume: “Jornalista, professor e escritor baiano. Deputado federal eleito pelo PSOL-RJ”. Huuummm… Nada de Big Brother. Daquela experiência, ele só ficou com a grana, hehe… Mas é verdade: ele foi eleito pelo PSOL, não pelo povo. Teve apenas 13.018 votos. Está na Câmara por causa da votação do deputado Chico Alencar. Deveria tratar com mais respeito uma massa de pessoas que é superior ao dobro dos votos que ele teve.
Por Reinaldo Azevedo

UPDATE:

Incrível! Jean Wyllys, o que ataca as marchas contra a corrupção, reage acusando crítico de “homossexual” e “velho”!!!

O deputado BBB Jean Wyllys (PSOL-RJ), a Natalie Lamour da Câmara, aquele que atacou as marchas contra a corrupção, está bravo comigo porque eu o expus, mais uma vez, àquilo que ele realmente é. E, vejam só, como ele se quer uma pessoa sensata, contra o preconceito, favorável à lei que pune a homofobia, faz o quê? Ora, me chama de “homossexual”, emprestando à palavra um tom de xingamento. E me acusa também de “velho”, recorrendo a um eufemismo: eu seria “da melhor idade”.  VOCÊS ENTENDERAM DIREITO: QUANDO JEAN WYLLYS QUER OFENDER ALGUÉM, ELE DIZ QUE SEU DESAFETO É HOMOSSEXUAL E VELHO. Em tempo: a tal lei que pune a homofobia, que ele defende, considera crime a discriminação contra homossexuais e… idosos!!!
Digamos que as duas coisas fossem verdadeiras e que a lei já tivesse sido aprovada: eu poderia processar Jean Wyllys, ou o fato de ele ser gay o tornaria imune? Mais ainda: se um homossexual chama um heterossexual de “viado” (assim, com “i”), com o intuito de ofendê-lo, isso poderia ou não render um processo? Este senhor é a prova de quão ridícula é a proposta. Ele não quer uma lei para punir a homofobia, não! Ele quer é uma espécie de imunidade por ser quem é. Se Jean é contestado, ele não tem nenhuma dúvida em gritar: “Isso é só porque eu sou gay”. Se ele decide atacar alguém, não hesita: “Você não passa de um gay!” Eis aí: o sistema que temos transforma o Congresso num circo de terceira categoria.
Não censuro em Jean Wyllys a homossexualidade ou a relativa juventude (27 anos, segundo a Wikipedia). Aos 50, lastimo, sim, a sua ignorância arrogante e o seu espantoso oportunismo. Pior: como ele tem vergonha de ter ganhado a ribalta se expondo daquele modo, tudo por dinheiro, então se torna agressivo, reativo, meio neurastênico. Alguns amigos me dizem: “Por que bater boca com um tipo assim?” Eu não tenho preconceito de nenhuma natureza! Já consegui mudar uma tradução oficial do Vaticano, como vocês sabem, e já tomei de volta uma esmola na rua - o beneficiado me xingou porque achou que era pouco dinheiro. Como escreveu Fernando Pessoa (Ricardo Reis), provavelmente um gay: “Para ser grande, sê inteiro: nada/ Teu exagera ou exclui./ Sê todo em cada coisa.” É isso aí: às vezes, topo com o Vaticano; às vezes, com Jean Wyllys; com um pouco mais de sorte, com um mendigo desbocado.
O “deputado” sem voto Jean Wyllys é uma anedota patética, mas a sua presença na Câmara remete a uma questão importante para a democracia, de que tratarei, com um pouco mais de fôlego teórico, no próximo post. O “escritor baiano”, como ele se define, é um dos representantes da população do Rio de Janeiro. Chegou lá com 13.018 votos. Não se elegeria vereador em boa parte das cidades médias do interior do Brasil. E, no entanto, em razão do voto proporcional, ganhou um assento na Câmara pegando carona na votação de Chico Alencar, também do PSOL do Rio.
Em suma: os que votaram em Chico elegeram, sem saber e sem querer, Jean. Pobre rapaz! A reputação que realmente tem - ex-BBB -, ele a renega para se apresentar com aquela que não tem: “professor, jornalista e escritor baiano”. Uma vez deputado, sabe que se elegeu com os votos que não eram seus. Deve ser chato ter de acordar, dia após dia, para alimentar uma personalidade pública forjada em tantas negativas. Não que não tenha uma vida boa… Ao se olhar no espelho, no entanto, os fatos à sua volta gritam a verdade insofismável: “BBB sem voto!”
Esse rapaz, no entanto, é só a personagem de um enredo que é muito mais sério e que diz respeito à qualidade da democracia brasileira. Eu vou demonstrar que ele não é diferente de um lobista vulgar qualquer; a exemplo de qualquer corporativista chinfrim, sua presença na Câmara é nefasta para a democracia e para o país.
Em tempo: não é a primeira vez que ele fica furioso comigo. No dia 19 de maio,  publiquei um vídeo, e escrevi um post a respeito, em que esse valente acusa o povo brasileiro de ignorante e sugere que este não sabe votar. Cuspia, assim, naqueles que lhe deram fama e fortuna. Antes, como agora, zangou-se comigo pelo mesmo motivo: porque eu não o poupei de suas próprias palavras. Republico o vídeo.
Em tempo: sou diferente de Jean Wyllys: CONTINUAREI A VETAR OS COMENTÁRIOS QUE USAM CONDIÇÃO SEXUAL COMO OFENSA. Se ele fosse hétero, não seria menos bobalhão e oportunista.

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