quarta-feira

Imigração e QI





Via Blog do Mr X
Todos, acredito, sabem mais ou menos o que seja o QI, ou quociente de inteligência, criado a partir de testes e que em teoria mediria a “inteligência”, ou vá lá, certo tipo de capacidade de raciocínio, uma certa qualidade chamada pelos especialistas simplesmente de g. A média entre caucasianos é de 100. Para consultar os polêmicos estudos sobre os outros grupos, consultar os professores Jensen, Lynn e Kanazawa.

Bom, não vou entrar aqui no polêmico aspecto racial, que no fim das contas é menos importante, mas sim na variação geral de QI entre a humanidade, que já é suficientemente problemática. Tampouco vou entrar na discussão sobre se o QI é genético ou cultural (vários estudos apontam que o QI dos indivíduos de certas sociedades aumentaria com o tempo, sugerindo que se deva acima de tudo a motivos ambientais).

O que me importa aqui é a relação entre QI e imigração. Os países desenvolvidos oferecem as melhores possibilidades de qualidade de vida e chance de prosperidade pessoal. Portanto, é natural que as pessoas mais inteligentes e educadas dos países menos desenvolvidos terminem migrando para países mais desenvolvidos. Assim, ajudam a desenvolver ainda mais esses países, enquanto diminuem o número de pessoas capacitadas no Terceiro Mundo. É um círculo vicioso, que faz prosperar o Primeiro Mundo e deixa o Terceiro no marasmo. Como resolver esse problema?

Paralelamente a esse fenômeno amplamente conhecido como “brain drain” ou “fuga de cérebros”, também os mais pobres, menos educados (e, segundo alguns, menos inteligentes) tendem a emigrar dos países subdesenvolvidos. Enquanto os bem-formados emigram para conseguir uma vida mais rica ou mais segura, os outros emigram para locais de maior prosperidade na esperança de viver das migalhas da prosperidade. De fato, os pobres dos EUA e Europa hoje vivem melhor do que os pobres que ficam no Terceiro Mundo. Natural que metade do México e metade do mundo islâmico tentem respectivamente mudar-se para um e outra.

Assim, temos centros imigratórios para onde se dirigem, seja as pessoas mais inteligentes/educadas, seja as mais simplórias e ignorantes. Note-se que o mesmo fenômeno ocorre a nível regional. No Brasil, São Paulo atrai os profissionais mais capacitados, já que poderão ali, ao menos em teoria, ter maiores possibilidades de realização pessoal, bem como melhores salários. Mas também milhares de miseráveis acorrem para lá na esperança de uma vida melhor e, de fato, às vezes a conseguem.

Pessoalmente, observo que algumas das pessoas mais inteligentes que conheci estão quase todas morando no exterior. (É verdade que alguns burros também emigraram). As que não emigraram, foram para São Paulo. 

É isso um problema? Não seria, se não estivesse causando desequilíbrios demográficos bastante complexos. Se a teoria do QI estiver correta, os países mais desenvolvidos são simplesmente aqueles nos quais a população tem, coletivamente, um QI maior.

(Atenção: a gigantesca falha na teoria é não levar em conta os sistemas políticos: Coréia do Sul e Coréia do Norte possuem aproximadamente o mesmo tipo de população, cultura e mesmo nível de QI, no entanto as diferenças de prosperidade entre os dois países não poderiam ser mais marcantes).



Como as populações nativas estão tendo taxas de natalidade baixas, e os imigrantes de terceiro mundo que vão a esses países têm natalidade alta, teremos no futuro uma maioria de descendentes de países de terceiro mundo ocupando Europa e América e, conseqüentemente, esses países, segundo alguns, também se terceiromundizariam. Ou não? Outros afirmam que talvez seja o contrário, os imigrantes é que se americanizariam e europeizariam. A questão é complexa e, ainda, em aberto. É fato histórico que imigrantes pobres sobem de vida e terminam contribuindo para o bem geral da nação.

A questão da imigração já foi vista de modo extremamente racial. O Imperador Dom Pedro II, odiado pelo positivista da casa, teve a idéia de povoar o Sul do Brasil com populações européias. Acusam-no hoje de ter querido "branquear" o Brasil (E é verdade, a intenção original era essa mesmo). Os EUA, até 1965, proibiram a entrada de chineses, também por motivos similares. Hoje, curiosamente, também existe um aspecto racial na imigração, ainda que invertido: tenta-se obter uma diversidade maior, atraindo pessoas das mais diferentes etnias e culturas, sem que uma supere a outra em número.

Não me parece que a visão racial seja a mais adequada, mas não vejo por que não se deveria privilegiar a entrada de imigrantes de maior nível de educação ou aptidão (seja qual for sua raça, cultura, religião ou etnia), especialmente em um momento em que o trabalho braçal é menos necessário do que o trabalho intelectual. Ou seria preconceito também?

E um mundo sem fronteiras para ninguém, pobre ou rico, terminaria sendo pior, ou melhor?

A questão, no fundo, tem a ver com uma posição em relação à imigração. Devem os países privilegiar a entrada de indivíduos mais inteligentes ou mais educados, com o fim de fazer avançar a sociedade, ou devem ao contrário privilegiar a entrada de pobres e desvalidos, com o fim de auxiliá-los e reduzir um pouco a miséria geral da humanidade?

É uma questão para os séculos vindouros.

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