terça-feira

O mundo do contrário

Quando eu era criança, existia uma canção chamada "O mundo do contrário", sobre um mundo em que tudo estava virado de pernas para o ar. É mais ou menos o que está acontecendo hoje em dia, embora nem todos percebam.

Antes, gays eram perseguidos, e nem mesmo figuras importantes como Alan Turing e Oscar Wilde escapavam de duras punições. Agora, há gays no exército americano, gays recebendo dinheiro público para realizar paradas na rua, gays casando e adotando filhos, gays escrevendo os novos livros infantis. O que era impensável há poucas décadas atrás hoje virou o novo normal.

Nem estou fazendo um juízo de valor aqui (afinal não sou a favor da perseguição sistemática a gays), mas apenas observando como os padrões do comportamento moral, do que era considerado certo e errado, praticamente se inverteram.

O problema é que isso é só o começo, é claro. Se você ainda se consegue escandalizar com o homossexualismo, é porque não sabe que já existe um movimento que está legalizando e promovendo o incesto: afinal, se os dois forem maiores de idade é sexo entre duas pessoas adultas, e ninguém tem nada com isso, certo? É o que argumenta um professor universitário que teve sexo consensual com sua filha durante três anos. E não esqueçamos da pedofilia, agora transformada em aspecto cultural.

Enquanto isso, cristãos são punidos por meramente existirem, ou por promoverem o seu "ódio" contra gays, lésbicas e incestuosos. Soldados heterossexuais são proibidos de tomar banho em um chuveiro separado dos gays, afinal não se abaixar para pegar o sabonete poderia ser considerado discriminação. 

O Richard Fernandez, do Belmont Club, tem um excelente post sobre o tema: ele observa que não é que a moral tenha acabado, é simplemente que substituiu-se a antiga moral baseada na virtude cristã por uma nova moral baseada no Politicamente Correto e nas teorias esquerdistas de igualdade forçada.

O problema é que a antiga moral, ao contrário da nova, tinha uma lógica baseada na experiência e no bom senso. Mesmo se deixarmos de lado o aspecto religioso, podemos observar que existem comportamentos que são mais negativos e comportamentos que são mais positivos, seja para o indivíduo ou para a sociedade.

O homossexualismo, por exemplo, pode até ser divertido para seus praticantes (?), mas tem o inconveniente de não propagar a espécie e causar potencialmente maiores problemas de saúde. O incesto, nem preciso dizer: causa filhos com deformações genéticas e mentais, além de ter repercussões negativas na estrutura social, baseada na criação de alianças entre diferentes famílias. E assim por diante: tomar drogas tem repercussões negativas para a saúde física e mental, a dependência estatal leva à preguiça e à acomodação, et cetera.

Mas vivemos em um momento em que a grande virtude -- talvez a única virtude - é considerada a Igualdade. Todos precisam ser iguais a todos, por bem ou por mal. Os gays precisam entrar no exército e casar entre si -- por quê? Simplesmente porque o contrário seria "discriminar". Todos os cidadãos de bem devem ser igualmente revistados até as cuecas no aeroporto, mesmo que 99% dos terroristas sejam muçulmanos. Por quê? Porque o contrário seria "discriminar". Indivíduos de certas etnias e classes sociais devem ter direito privilegiado a freqüentar uma universidade, ainda que tenham notas mais baixas, por quê? Porque... Bem, acho que você já pegou a idéia.

O grande problema com isso tudo é que essa Nova Moral nada tem de compatível com o Mundo Real. Todas essas mudanças (ou deveríamos dizer experimentos sociais) têm conseqüências, que se farão sentir mais cedo ou mais tarde. Assim como as teorias progreçistas que vêem o criminoso como uma "vítima do sistema" estão certamente por trás do terrível aumento do crime em todo o mundo nas últimas décadas, e as teorias iguali-otárias de Paulo Freire estão certamente por trás do desastre na educação atual, certamente as novas propostas de reengenharia sexual terão seu resultado daqui a alguns anos, e eu não quero nem saber qual será.

Vejam bem, amiguinhos. Não sou nenhum paladino da moral e dos bons costumes, nenhum pregador de moral de calça curta. Acredito que salvo intervenção genética ou divina o homossexualismo sempre existirá, ainda que restrito a um máximo de 10% da população. E o mesmo com outros comportamentos como o incesto, a pedofilia, a poligamia, etc. O desejo humano tem razões que a própria razão desconhece.

Porém, observo que os comportamentos marginais mais excessivos, que antes eram mantidos no seu canto, agora estão sendo transformados na norma de conduta, e seus praticantes transformados em uma classe protegida, a qual não pode sequer ser criticada. Somado a isso, vemos uma moral que inverte vício e virtude (em seus conceitos tradicionais), e que privilegia comportamentos contrários à unidade familiar, e, portanto, contrários à harmonia social. Isso não pode dar certo.  

De minha parte, rezo apenas para que homossexualismo e incesto não se tornem obrigatórios, pois do jeito que vai a coisa, não duvido que venha a ocorrer...

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